Todas as manhãs sou arrastada pelas horas, como se estas fossem uma corrente feroz que levasse o rio às grandes cascatas. Dou por mim a relembrar momentos que nunca se voltarão a repetir, e sinto que a vida é nada mais, nada menos, que uma mão fechada cheia de areia, que quando se começam a abrir os dedos, os pequenos grãos de areia escorrem tão rápido que parece que estão a ser libertados de uma vida inteira de escravidão. Não somos todos um pouco como os grãos de areia? Andamos em correrias, a tentarmo-nos libertar daquela mão gigante que nos agarrou a nós e a todos os outros. Não estamos sozinhos, quer dizer... Haverão dias em que te poderás sentir sozinho com milhares de grãos de areia à tua volta.
Provavelmente seria muito mais seguro teres ficado na mão fechada, sabias que lá não encontrarias as desilusões da praia... Ao mesmo tempo, se não tivesses saído, jamais saberias o que era o pôr-do-sol, jamais tinhas visto a areia quente na praia que está submersa por um vasto oceano, do qual existem segredos que só o mar te pode contar, com as brisas que te batem na cara e se desviam para os ouvidos, querendo chamar-te, mesmo que não consigas interpretar. E que tristeza, não teres podido conhecer as gaivotas apaixonadas pelo ar, e as tartarugas a dar à luz.
Não consegues ver a utilidade de poderes criar rochas magníficas que acabam por ser pontos turísticos do mundo humano. Não consegues tu ver que para viver é necessário ter sempre várias prespetivas?
És apenas um grão de areia no meio de tantos, eu sei, mas estás à espera do quê para criar as tuas próprias prespetivas?
Provavelmente seria muito mais seguro teres ficado na mão fechada, sabias que lá não encontrarias as desilusões da praia... Ao mesmo tempo, se não tivesses saído, jamais saberias o que era o pôr-do-sol, jamais tinhas visto a areia quente na praia que está submersa por um vasto oceano, do qual existem segredos que só o mar te pode contar, com as brisas que te batem na cara e se desviam para os ouvidos, querendo chamar-te, mesmo que não consigas interpretar. E que tristeza, não teres podido conhecer as gaivotas apaixonadas pelo ar, e as tartarugas a dar à luz.
Não consegues ver a utilidade de poderes criar rochas magníficas que acabam por ser pontos turísticos do mundo humano. Não consegues tu ver que para viver é necessário ter sempre várias prespetivas?
És apenas um grão de areia no meio de tantos, eu sei, mas estás à espera do quê para criar as tuas próprias prespetivas?
Joane Marie♥

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