quinta-feira, 14 de julho de 2011

Everything changes (...)

Quando pensamos que tudo se está a compor, quando pensamos finalmente seguir em frente, quando estamos confiantes que o futuro vai ser melhor, quando sentimos a superioridade e só damos valor ás coisas materiais... Tudo muda!
A vida trai-nos com as suas avassaladoras partidas, que acabam por nos enfraquecer, e deixar sem esperanças necessárias para seguir em frente.
E depois, as recordações do passado, as memórias do passado... Aquelas que nos deixam com uma saudade indeterminável de recomeçar de novo, e melhorar todos os nossos erros, aquelas recordações que nos fazem querer comprar o bilhete para o nosso passado, ou aquelas lembranças que nos fazem fechar a sete chaves o que já vivemos, e seguir em frente.
Quando damos o futuro por garantido, quando mentimos a nós mesmos, e pensamos que já tudo está perfeito, as coisas mudam, a vida dá uma reviravolta e enfraquece-nos. Torna-nos menos fortes com as esperanças e sonhos falhados que alguma vez iremos ter uma vida boa, com tudo aquilo que desejámos. Ficamos com dúvidas dos nossos sonhos, dos sonhos que sempre quisemos seguir desde que a nossa mente se lembra. E no final, tudo acaba, tudo nos deixa completamente confusos, e sem esperanças, á espera que algum dia, com esta porta fechada, se possa  abrir uma janela...
E no final: estamos sozinhos! Porque enquanto nos sentíamos bem, enquanto tínhamos tudo para dar e não precisávamos de receber, nem se quer pensávamos que algum dia pudéssemos sentir necessidade de ajuda, ficamos sozinhos, porque tudo se acaba. O feitiço virou-se contra o feiticeiro, agora nós somos quem precisa de ajuda quem mais precisa de apoio, e quem está aqui ao pé de nós? A resposta é ninguém ! Quem nos seca as lágrimas? Ninguém, ninguém . Não há ninguém, que tenha alguma compaixão para ajudar quem mais o ajudou quando precisavam.
 E a única coisa que nos faz sentir melhores, numa noite fria e abandonada como esta em que a única coisa que permanece á nossa volta é a luz da lua cheia, é desabafar, com um papel, uma caneta, um teclado, que digitaliza tudo o que precisamos de deitar para fora, tudo o que pensamos de transmitir, quando a alma não tem nenhum consolo, é assim que procuramos o nosso prazer, escrevendo, atirando as nossas mágoas para o fogo dos acrobatas do presente, á espera de sermos correspondidos, ou até de sermos consolados... E cada vez nos convencemos mais de que:
''Não há amigos,há apenas grandes momentos de amizade.''
Joane Marie

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